sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Marcas d'água

Marca d'água é aquilo que quase ninguém vê, mas que na maioria das vezes garante ao dono a autoria da imagem ou trabalho, não é? É.

Mas tal qual um prisioneiro da caverna da República de Platão foi-me dado de beber desta fonte chamada Waterfootprint.

E eis que descobri que 'marca d'água' é de fato algo pouco perceptível, mas vital de se ser considerado: o quanto que se gasta de água para cada item que utilizamos em nossa vidinha pequeno-burguesa é assombroso.

Confesso que me espantei e que os números excedem em muito minha estimativa. Em tempos de início de escassez de água potável deveriamos rapidamente rever nossos conceitos.

1000 litros de água para um kilo de arroz

1350 litros de água para um kilo de grãos

16000 litros para um kilo de carne

Você ainda não virou vegetariano e continua falando em desenvolvimento sustentável? Tenha compaixão por sua inteligência - e pela vida no planeta Terra - e torne-se coerente.

Fors Fortuna,

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, eu vi seu post através de um amigo meu que publicou seu blog no facebook, e resolvi fazer o waterfootprint test. Mas o motivo que me levou a comentar foi o fato de associar vegetarianismo à sustentabilidade. Eu não sou vegetariano, respeito quem é, e aconselho quem não é a reduzir o consumo de carne. Eu já tentei ser vegetariano, mas não consegui. A soluçao que encontrei foi reduzir carne vermelha e comer apenas carne branca (peixe e frango). Sei que o consumo de frango não é muito diferente do consumo de carne boniva/suina/ovina, mas é um começo para quem quer deixar de consumir carne vermelha. Acredito que existem outras formas de colaborar sem ser extremista. Pois impactos ambientais causados pelas plantações de soja também ocorrem. Continuo sendo adepto da sustentabilidade, mas ser vegetariano não soluciona tudo. É preciso ter cuidado e atençao ao atribuir consequencias a apenas uma causa. Sei que vou gerar polêmica discordando do seu adendo final, mas entenda, que a minha intençao é apenas dissociar a idéia de que o vegetarianismo será a salvação do planeta, quando na minha opinião, o maior problema é o consumo desenfreado e irresponsável de recursos naturais do planeta.

De qualquer forma, meus cumprimentos pela iniciativa. Vou divulgar o waterfootprint.
Abraço

Klaus, um afortunado disse...

Justa sua colocação, Criptor.

Todavia, justifico a minha a partir de dois prismas e uma pesquisa:

1 - tempos extremos requerem retórica extrema e ações definitivas

2 - tens toda razão quanto à fronteira da soja, com a diferença de que esta não emite gases que acabam com a camada de ozônio

A pesquisa fora publicada internacionalmente e inclusive cheguei a comentar sobre ela aqui:

http://fortune-42ne.blogspot.com/2008/06/por-amor-vida.html

Por Amor aos animais, à gente e à sustentabildade do planeta seremos todos vegetarianos.

E, se me fiz ser entendido errado, obrigado pela oportunidade de me posicionar de maneira mais clara e precisa: não-vegetarianismo não é, de longe, a causa única da falta de sustentabilidade.

Estás certo em apontar o consumo desenfreado e irresponsável de recursos naturais do planeta. Neste ponto, estamos juntos.

Mas convido-te e aos demais a enveredar pelo caminho do "somos o que comemos/consumimos" - neste sentido, se tornar vegetariano auxilia direta e indiretamente na preservação e sustentabilidade, pois vai alterando não apenas hábitos de consumo, mas principalmente o mind setting.

E, no fundo, é sobre o nosso padrão mental e nossos pensamentos que se erige a sustentabilidade, não é mesmo?

Klaus, um afortunado disse...

Qual amigo temos em comum? (curiosidade é algo tão assim, humano, demasiadamente humano) ;)