Tem empresas e profissionais tratando do tema sustentabilidade como ferramenta de alavancagem de vendas, auxílio em posicionamento, maquiagem corporativa ou simplesmente munição para a propaganda - o tal do GreenWashing.
Isso além de ser um tiro pela culatra, como comprovou recente pesquisa (onde Bradesco e Banco Real foram apontados ao mesmo tempo como instituições preocupadas com o tema e instituições que fazem uso do tema apenas para melhorar sua imagem - para mostrar como é difícil tangibilizar as ações sustentáveis em meio a tanta desinformação), ainda é uma miopia humana local de proporções globais.
Me explico.
Agir de maneira sustentável não deve ser uma questão de quanto isto vai ou não melhorar ou não a imagem de uma empresa, pois da maneira que o consumo de matéria prima anda - 25% mais que a Terra pode repor - não haverá mais sustentabilidade para a vida neste pálido ponto azul e aí a preocupação não será tanto com o ROI, imagino eu.
Com isto não estou sendo leviano e sugerindo metermos os pés pelas mãos, realizando ações sem dosar o custo-benefício para a marca, mas sim encararmos o fato como necessidade e recebermos o tema sustentabilidade de mentes e braços abertos em nossos brainstorms de processos de produção e comunicação: fazer da sustentabilidade um parâmetro de criação e planejamento estratégico, não um 'nice to have' "caso dê", mas um 'must have' que nos obrigue a criar alternativas proveitosas e sustentáveis gerando benefício para as pessoas, para o planeta e lucro para a empresa, buscando permear todos os elos da cadeia de valor de uma marca para que esta transpira este importante conceito para o consumidor e o vivencie na prática - o consumidor e a sustentabilidade, faces da mesma moeda neste novo cenário que se apresenta.
O consumidor aliás, desperta cada vez mais para a importância do tema e por mais que não seja bem informado - o que é cada vez mais raro -, começa a desenvolver uma sensibilidade, quando não uma desconfiança a ser vencida, para com empresas e suas ações positivas, tornando-se assim um consumidor infiel e volátil de acordo com preços e oportunidades de condições.
Trabalhar a sustentabilidade é trabalhar a fidelização, ao passo que se zela também pela possibilidade de existência a longo prazo desta relação.
Quando o consumidor entende que a marca está lutando não somente por ela, mas por ele e pelo que possibilita ambos a continuarem ele passa a defender a marca como defende e causa e com isto ganha-se um ativo sem igual para a mesma: uma voz independente e com credibilidade viralizando as ações da marca.
Fors Fortuna,
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário