sexta-feira, 10 de julho de 2009

III.Fórum de Sustentabilidade da ABA Rio

Empresas agindo, imprensa cobrindo, consumidores atentos.

O problema é que o Tempo urge e clama por isto tudo, só que 'fora da caixa'. Me explico.

As empresas tem que agir sim, mas enquanto seu foco não mudar, o lucro ainda prevalecerá em relação ao respeito e ao progresso equanime - nada contra o lucro, que deve existir, mas contra deturpações criadas por.

A imprensa tem que cobrir, mas não adianta manter os mesmos padrões: é necessário incluir as mudanças nas relações da informação, trazer o leitor-consumidor para dentro da pauta e da redação, tornar-se multimídia, mas, acima de tudo, justa e coerente: dar pesos iguais às denúncias e aos esclarecimentos.

Inclusive para evitar que pessoas e corporações sejam prejudicados por boataria ou falsas acusações. Do jeito que está, qual a diferença entre um jornal e uma mídia social? Capaz da defesa ainda sair mais bem feita na mídia social devido à democracia do espaço. Afinal, muda tudo para o profissional e para o meio da comunicação.

O cidadão não deve apenas ficar atento às melhorias e aos impactos. Deve, principalmente, rever seus hábitos, consequentemente seu consumo e atuação nas empresas, na mídia e na sociedade.

Aqui reside o problema e entrave principal: todos tem que agir primeiramente em si, mas as empresas esperam a demanda do mercado (ou pressão de taxas e leis); a mídia de certa maneira também, perdida em meio ao tiro-teio da produção e do consumo cooperativo (e gratuito); os consumidores em sua maioria se sentem, ainda, sem poder de mudar as coisas e acusam a mídia e as empresas de não lhes darem alternativas.

Compreende-se o ciclo vicioso que se eterniza? Mas compreende-se também que a saída está em nossas mãos, certo?

Em suma, as ações são boas, mas aquém do que - dentro de meu limitado entendimento - é necessário para a sustentabilidade e viabilidade do superorganismo Terra continuar a existir - ao menos do nosso antropocentrico ponto-de-vista; ela continuará, nós talvez não.

Nada, contudo, a se criticar negativamente, pelo contrário, todos os esforços devem ser louvados, pois ao menos estão fazendo algo e levando o debate adiante. É necessário parar de ficar se criticando quem faz e buscar unir esforços e conhecimentos em prol da única agenda que nos une a todos: a (sobre)vivência no planeta Terra.

E é neste intuito de debate que este post surge, apontando para a necessidade de se verter o foco estratégico e criar novos paradigmas 'fora da caixa' para o pensamento, a fala e a ação das empresas, da mídia e de cada um de nós.

A começar pelos hábitos de trabalhadores-consumidores-cidadãos e a findar aqui, neste momento de reflexão, que pode servir para um novo recomeço. Depende dos olhos e da vontade de cada um que lê, pensa e age na vida.

Os fortes exercem sua vontade de poder - conforme conceito 'nietzschiano' - e fazem o mundo a sua imagem e semelhança, dia após dia, detalhe em detalhe, momento a momento.

Há 4 anos, quando despertei para esta realidade a partir das palavras de Mahatma Gandhi - "Você precisa ser a mudança que você gostaria de ver no mundo" - parei de fumar, passei a fazer compras com sacolas ecológicas, virei vegetariano e vendi meu carro, passando a andar mais de bicicleta e a usar os meios de transportes coletivos, além de caronas e taxi, quando necessário - muito mais ecológico e econômico, a única coisa que se perde é o pseudo-status; ainda chegará o dia que status será ter este estilo de vida alternativo-inteligente, pois poupa natureza-dinheiro-tempo.

E você o que você já fez ou está em vias de fazer para melhorar a sua vida e a de seu mundo? Ouse.

Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente, não ousar é perder-se para sempre, como diria Søren Kierkegaard.

"A única revolução possível é dentro de nós" - Gandhi

Fors Fortuna,

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