quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sustentabilidade - é, não é?

É!

Sustentabilidade deve principar no conceito, na gênese da idéia e criar suas raízes na estratégia para florescer em ações e prosperar em frutos de bom relacionamento.

Fazer sustentabilidade apenas na comunicação é correr o grave risco de ser superficial e ter a imagem manchada por green washing.

Não é?

Por mais que seja um bom 'approach', sustentabilidade deve ser ancorada em seu conceito em si, ou seja, uma comunicação que versa sobre sustentabilidade deve ser, além de ética e transparente, condizente com o conceito de sustentabilidade, sem buscar seduzir e sim informar, posicionar e engajar dentro de um cenário de coerência e consciência.

O consumidor quer troca e não enganação - mas isto a maioria dos profissionais ainda não entenderam: ou se interioriza o conceito de sustentabilidade estrategicamente, atuando a partir dos indivíduos de cada organização ou se terá sempre ações marginais ao cerne que se precisa atingir por meio da atuação - na estratégia, ação e relacionamento.

Isso, em suma, pode ser chamado de abordagem mais ética, holística e até mística - se for conduzido pelo lado da transformação do executivo para transformar a organização através de alimentação, yoga, mudança organizacional, etc - ou simplesmente vantagem competitiva, como diria Kotler.

A relutância de mudança das organizações, que mudam somente quando muito pressionadas, é o espelho da relutância das pessoas que as conduzem, afinal, quantos estão dispostos a parar de comer carne para reduzir o desmatamento, o crescimento do buraco da camada de ozônio, o empobrecimento do solo, o consumo desenfreado de água - sem contar que terão melhora na qualidade de vida e saúde? Quantos executivos mudaram seus hábitos de transporte e incentivam isto em suas empresas?

Kotler, aliás, versa sobre isto de maneira brilhante: ao invés de se investir em ações fora de seu core, mas que podem vir a gerar mais retorno de mídia - vemos ações que gastam muito mais na divulgação do que na própria ação -, investir dentro da área de seu expertise e capacidade transformadora para de fato dar saltos quali-quantitativos quanto à questão da sustentabilidade? A própria rede se assegurará de colocar isto em evidência.

Aliás, isto é um novo paradigma: o que é verdadeiro e bom se sustenta e propaga por si só.

Sustentabilidade é pensar o outro e agir em conjunto.

Fors Fortuna,

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